Pesquisa do FBSP aponta que o mercado paralelo de combustíveis e lubrificantes gera cerca de R$ 61,5 bilhões anualmente, enquanto o tráfico de cocaína arrecada em torno de R$ 15 bilhões.

Um estudo recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela que o crime organizado no Brasil obtém lucros mais elevados com o comércio de combustíveis do que com o tráfico de drogas. A pesquisa aponta que o mercado paralelo de combustíveis e lubrificantes gera cerca de R$ 61,5 bilhões anualmente, enquanto o tráfico de cocaína arrecada em torno de R$ 15 bilhões. No total, o comércio ilegal em diversos setores movimenta aproximadamente R$ 147 bilhões. O relatório também destaca que a combinação de alta demanda e fiscalização insuficiente torna esses setores atraentes para as facções criminosas. Além disso, as penas mais leves para delitos relacionados a esses mercados contribuem para a expansão das atividades ilícitas. O setor de combustíveis, em particular, enfrenta problemas como adulteração, contrabando e lavagem de dinheiro, o que demanda uma resposta mais eficaz do governo.

Entre os dados alarmantes apresentados, 38% da produção de ouro entre 2015 e 2020 foi considerada ilegal. A comercialização clandestina de combustíveis atinge a marca de 13 bilhões de litros por ano, enquanto o mercado ilegal de tabaco representa 40% do consumo total no Brasil. Além disso, crimes virtuais e furtos de celulares geraram R$ 186 bilhões no período de julho de 2023 a julho de 2024, evidenciando a evolução das práticas criminosas. O relatório também aponta a falta de integração entre órgãos como a Receita Federal e a Polícia Federal, o que dificulta o combate efetivo ao crime organizado. Para enfrentar esses desafios, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública sugere a implementação de um sistema que incorpore dados sobre controle de produção e rastreamento, visando aprimorar as iniciativas de inteligência financeira e fortalecer a luta contra a criminalidade.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA