
Plano define faixas de restrição e obras para garantir abastecimento, com foco em serviços essenciais e monitoramento de longo prazo.
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (24) um plano de contingência para o abastecimento de água na Grande São Paulo diante do risco de uma nova crise hídrica. O volume armazenado nas represas está em 28,7% da capacidade total, o menor nível desde a crise de 2014 e 2015. Este é o terceiro ano consecutivo com chuvas abaixo da média na região.
O plano prevê medidas graduais de controle, divididas em sete faixas, que definem ações de acordo com o nível dos reservatórios: desde redução de pressão nos encanamentos até rodízio em situações extremas. Atualmente, o sistema opera na faixa 3, com redução da pressão noturna por 10 horas.
As mudanças de faixa são definidas após sete dias consecutivos do índice em uma mesma categoria, e o retorno à faixa anterior ocorre após 14 dias. O rodízio, considerado medida extrema, só poderá ser autorizado pelo Conselho Diretor da Arsesp.
Em qualquer faixa de restrição, o fornecimento será garantido a serviços essenciais e residências em situação de vulnerabilidade social, incluindo: hospitais, unidades de pronto atendimento, escolas, abrigos, delegacias, presídios e Corpo de Bombeiros.
O governo também anunciou obras para aumentar a disponibilidade de água na região metropolitana:
Segundo Thiago Nunes, diretor-presidente da Arsesp, o foco é o monitoramento de longo prazo dos reservatórios, acompanhando a sazonalidade, e não apenas os níveis atuais. “Nossa preocupação não é com o estágio do dia de hoje, mas com o comportamento futuro, garantindo que os níveis permaneçam dentro dos patamares de segurança definidos na curva de contingência”, afirmou.
As medidas já resultaram em economia de 25 bilhões de litros nos últimos meses, suficiente para abastecer dois meses cidades como Santo André, Mauá, Diadema e São Bernardo. Prefeituras paulistas já decretaram emergência hídrica e buscam fontes alternativas de captação, enquanto o problema afeta também represas de hidrelétricas do Rio Grande, responsável por 25% da energia do Sudeste-Centro-Oeste, sob monitoramento do ONS.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA

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