Os primeiros sete jurados do julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foram escolhidos na terça-feira (16). A seleção ocorreu após uma espécie de interrogatório comandado pela promotoria e pela defesa, que pesquisaram sobre cada um dos convocados. O intuito era confirmar se os candidatos seriam imparciais.

Foram selecionados para compor o júri: um profissional de tecnologia da informação, um professor de inglês, um enfermeiro oncológico, um profissional de vendas, um engenheiro de software e dois advogados. Mais 11 pessoas ainda devem ser empossadas antes do início dos depoimentos, na próxima semana, totalizando 12 jurados e seis suplentes.

Trump é acusado de encobrir o repasse financeiro feito à atriz pornô Stormy Daniels, em 2016, em meio a campanha presidencial. Na época, o então advogado do empresário, Michael Cohen, depositou US$ 130 mil à artista para que ela não revelasse a relação extraconjugal que teve com Trump em 2006.

A promotoria afirma que Trump fez o pagamento como se fosse uma despesa ao advogado, o que significa que o ex-presidente escondeu o valor dos registros fiscais. Como o suborno foi feito para impedir que a relação com a atriz atrapalhasse a reta final das eleições, os promotores também defendem que Trump escondeu um gasto de campanha.

Ao todo, Trump responde por 34 acusações – das quais já declarou inocente. Segundo o republicano, o caso trata-se de uma "caça às bruxas" dos democratas para impedi-lo de voltar à Casa Branca, já que o republicano está previsto para disputar as eleições contra o atual presidente, Joe Biden, em 5 de novembro deste ano.

"Eu estava pagando um advogado e marquei isso como uma despesa legal. Foi exatamente o que foi. E você é indiciado por isso?", questionou.

Para que Trump seja condenado é preciso um veredicto unânime dos 12 jurados, que decidirão se o republicano é culpado ou não das 34 acusações – que podem resultar em até quatro anos de prisão. A previsão é que o julgamento dure entre seis e oito semanas.